sábado, janeiro 11, 2014

Voe

Deitado à meia luz estava, confortável a luz estava.
quando de manso passo, umas poucas idéias fracas vieram me morder.
é ideia falsamente fraca, como a sede que vem de muito beber, e lhe ataca dentre os sonhos.
e estas idéias me deram sede, e eu bebi de sua ausência.

E se um pássaro descesse dos céus na sua mão?
Você notaria suas asas quebradas.
Você o curaria se pudesse.
Você o ensinaria a voar se ele quisesse.

E se um pássaro com uma asa quebrada pousasse em suas mãos?
Você recitaria canções em seus ouvidos.
Você morreria se ele tivesse morrido.
Você notaria se ele tivesse ido.

E quando as asas do seu pássaro divino sarasse...
Você deixaria que ele encontrasse outro ninho.
Um que fosse só dele.
Você choraria com o som das suas asas.
Você o empurraria pra fora de casa.
e diria:
Libertei e nunca serei livre.



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