terça-feira, junho 02, 2015

rotina



Mais dos cheiros e toques, cores perfume e cabelos. Mais que um jantar, e tira gostos olhares e espelho.
Há manchas roxas no meu pescoço e pelo meu corpo inteiro. Corri descalço em meio ao barro, sujando o quarto inteiro.

Não é que eu não cante mais, a mesma canção que compomos lá atrás. Não sei se obedeço à sorte, não sei o endereço da sorte.

Chorei parado na avenida, andei pelo acostamento. Eu fui perfeito andarilho, vaguei pela noite inteira.
Há manchas nas lentes dos óculos, há falta ósculos. Há pedras no meu sapato, eu tropecei no calçado.

Corri tentando dar risadas, olhei o reflexo nos carros. Pulei tão alto estou parado, o cruzamento fechado.
Há borrões em minha mente, uma grande torrente. Há suor em meus cabelos, facadas no meu travesseiro.

Não precisava correr sozinho, se você estivesse comigo. Sempre a mandar, você não sabe liderar.
Há raiva em meus punhos e dentes, você estragou a semente. O amor tenta suturar enquanto eu lhe agüentar.
Há cores em meus cabelos que não em seus beijos. Há pegadas em meu peito, talvez não seja mais o par perfeito.

Corri a noite com os pés no chão, cabeça ao alto sorrindo, peguei num par de mãos que a muito vinham me seguindo

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